Atividade antimicrobiana e antibiofilme de extratos de lúpulos (Humulus lupulus L.) cultivados no Brasil.

Nome: CAROLINE DE SOUZA MOTTA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 24/11/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
PATRICIA CAMPOS BERNARDES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EMILIANE ANDRADE ARAÚJO NAVES Examinador Externo
JACKLINE FREITAS BRILHANTE DE SÃO JOSÉ Examinador Externo
JOÃO PAULO NATALINO DE SÁ Suplente Externo
PATRICIA CAMPOS BERNARDES Orientador
PATRÍCIA FONTES PINHEIRO Coorientador

Páginas

Resumo: A formação e permanência de biofilmes na cadeia produtiva alimentícia configuram um fator importante na incidência de infecções humanas por patógenos. Consequentemente, a descoberta de agentes inibidores de biofilme se tornou uma área fundamental de pesquisa. A capacidade antimicrobiana do lúpulo (Humulus lupulus L.) já é conhecida. Entretanto, apesar de ser uma cultura com grande potencial de crescimento no país, as informações existentes sobre as propriedades de lúpulos cultivados no Brasil ainda são exíguas. Este estudo avaliou as atividades antimicrobia-
na e antibiofilme de extratos hidroetanólicos de lúpulos das variedades Comet, Polaris e Brewers Gold, produzidas no Brasil. Foram realizadas análises de determinação da Concentração Mínima Inibitória dos extratos, teste do halo de inibição, ensaio de adesão com cristal violeta, quantificação de exopolissacarídeos e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Os teores de α- e β- ácidos encontrados variaram entre 0,39 a 1,07%. As bactérias Gram-positivas demonstraram maior
suscetibilidade aos extratos comparadas às Gram-negativas. O ensaio de adesão comcristal violeta revelou atividade antiadesão expressiva frente a Listeria monocytogenes, Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Salmonella Typhimurium. A variedade Comet reduziu em 95% e 90% a adesão de S. aureus e S. Typhimurium, respectivamente. Extratos das três variedades reduziram significativamente a produção de exopolissa-
carídeos por S. aureus. As micrografias obtidas por MEV mostram redução na concentração de células e danos à membrana celular, confirmando os efeitos antibacterianos e antiadesão dos extratos de lúpulo. Estes resultados endossam o potencial de utilização de lúpulos cultivados no Brasil como agente antiadesão no controle da formação de biofilmes na indústria alimentícia.

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